A Boeing ainda investiga qual foi a falha do incidente da última sexta-feira em um avião da Alaska Airlines que poderia ter terminado em catástrofe, disse seu presidente, Dave Calhoun, nesta quarta-feira (10).

Calhoun deu sua primeira entrevista à imprensa desde que um componente do Boeing 737 MAX 9 se soltou em pleno voo e deixou um enorme buraco na aeronave.

“Queremos saber o que falhou em nossas inspeções”, afirmou o executivo à CNBC.

Na noite de sexta-feira, pilotos da Alaska Airlines realizaram com sucesso um pouso de emergência sem vítimas após uma peça conhecida como “tampão de porta” se desprender da fuselagem. Tratava-se de uma porta propositalmente obstruída.

A Boeing sugere a seus clientes selar algumas portas nesse modelo quando o número de saídas de emergência disponíveis é suficiente em relação ao número de assentos no avião.

Vídeos do incidente mostram um grande buraco em um dos lados da aeronave e máscaras de oxigênio caindo na cabine, que se despressurizou repentinamente.

Calhoun, que prometeu “total transparência”, disse que um episódio como esse “não pode voltar a ocorrer”.

As autoridades da aviação nos Estados Unidos determinaram que 171 dos 218 Boeing 737 MAX 9 em circulação ficassem em terra para passarem por inspeções.

Desde então, tanto a Alaska Airlines quanto a United Airlines, companhia aérea com maior frota desse modelo (79 unidades), relataram que alguns parafusos precisavam de ajustes.

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