A certificação do Boeing 737 MAX, inativo desde março de 2019 após a ocorrência de dois desastres aéreos com esse modelo de aeronave, está em processo de conclusão e espera-se um retorno ao serviço na Europa “até o final do ano”, informou a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA).

“Estamos finalizando tudo o que precisa ser concluído e acho que, pela primeira vez em um ano e meio, posso dizer que podemos ver o final do trabalho com o MAX, e estamos começando a ver como colocar o MAX de volta em serviço até o final do ano”, explicou Patrick Ky, presidente da EASA, numa coletiva de imprensa virtual.

Desde 13 de março de 2019, o 737 MAX foi proibido de voar, após o acidente de um avião da Ethiopian Airlines que deixou 157 mortos. Esse acidente aconteceu poucos meses depois que um MAX da Lion Air caiu na Indonésia, matando 189 pessoas.

A aeronave está prestes a decolar novamente, após uma série de voos de certificação no final de junho pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) e, em seguida, no início de setembro pela EASA.

Mas ainda há várias etapas a serem concluídas antes que as autoridades aéreas dêem o sinal verde, principalmente quanto ao treinamento de pilotos.

Para a autorização em termos de navegabilidade, ou seja, na parte técnica das modificações feitas na aeronave, a EASA e a FAA deveriam estar “aproximadamente sincronizadas”, segundo Ky.

A retomada dos voos “vai depender de cada companhia aérea, de cada país”, disse.

Ky acrescentou que “para a parte técnica contamos com novembro”.