Há. Realmente há coisas para tirar de positivo da estreia de Fernando Diniz no Vasco. Se o resultado fosse de vitória sobre o CRB, na última noite, certamente haveria justificado otimismo por reduzir a distância para o quarto colocado ao vencer exatamente ele. Como “se” não ganha ponto, a realidade é dura. A missão segue dificílima.

A missão para o acesso. Pois em vez de se aproximar do G4, o time de São Januário deverá ver o tamanho da montanha crescer na rodada. E olha que o balde d’água fria poderia nem ter sido tão tarde. O primeiro gol do CRB foi anulado com o auxílio do VAR, mas falha defensiva passa longe de ser novidade no Cruz-Maltino. Você sabe.

Então as boas notícias vascaínas no Rei Pelé de quase nada adiantam. É verdade que o novo comando do time fez o Vasco ser mais intenso na marcação, mais paciente e compacto na troca de passes e mais inteligente – quase sempre – com a bola no pé. É verdade que o fim do jejum de Germán Cano é vital para qualquer pretensão.

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Mas a maior verdade é que a retaguarda continua levando gol. E se esta sangria não for estancada, nem as intervenções de Diniz, nem as boas novas de Nene, tampouco os gols do centroavante argentino adiantarão de nada.

Se o principal problema do Vasco não for resolvido de forma radical e rápida, o fim de ano vai se aproximar melancolicamente. Será mais provável esperar a equipe não ter chances de acesso três ou quatro rodadas antes do fim da Série B do Campeonato Brasileiro.