Confiante após a boa atuação do Santos na vitória por 3 a 1 sobre o Mirassol, sábado, pela nona rodada do Campeonato Paulista, o técnico Jesualdo Ferreira afirmou que não está surpreso com o crescimento do time nas últimas três partidas sob o seu comando e destacou precisar de tempo para trabalhar.

Contratado para substituir Jorge Sampaoli, vice-campeão brasileiro no ano passado, o treinador português recebeu críticas no início do trabalho, após a equipe oscilar e apresentar um futebol inferior ao que terminou jogando na temporada passada.

Com apenas 10 jogos no comando do Santos, Jesualdo acumula cinco vitórias, três empates e duas derrotas, um aproveitamento de 60% dos pontos disputados. “Temos 50% de vitórias. Gostaria de ter mais. Mas a verdade é que não há formas de conseguir as coisas se não tiver tempo e trabalho. Fui claro no início. Nunca vacilei ou tive dúvidas do que estava fazendo. Pelo contrário, cada dia que passava eu sabia que era esse o caminho. As críticas são normais. Talvez aqui mais cedo do que o costume”, disse.

“O que me interessa é que a equipe estava acreditando naquilo que estava fazendo. Esses são os passos que temos que dar, sempre para frente. Amanhã vai fazer dois meses que começamos a trabalhar. Fizemos 10 jogos. O tempo de trabalho foi pouco e os jogos muito”, completou.

Depois da derrota para o Ituano na sétima rodada, o Santos reagiu. Empatou sem gols o clássico com Palmeiras, no Pacaembu, praticando um bom futebol. Em seguida, derrotou o Defensa Y Justicia, na Argentina, na estreia da Copa Libertadores. Por fim, bateu o Mirassol com três gols antes dos 25 minutos do primeiro tempo.

“Depois da atuação que tivemos com o Palmeiras em São Paulo e da vitória que tivemos na Argentina, essa equipe não pode ter medo de jogar em lugar nenhum. Tem que se sentir à vontade para jogar em qualquer lado. Essa é a cara do Santos”.

Jesualdo ainda criticou o calendário do futebol brasileiro, com dois jogos durante a semana, mas fez questão de ressaltar que esta é a realidade e que não será alterada. “O espaço entre os jogos é muito curto. Dificilmente um jogador atua 100%, no limite, e 72h depois vai voltar a jogar novamente no limite. Mas essa é a realidade do futebol brasileiro”.