O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse nesta quinta-feira, 27, que esta otimista quanto à aprovação da reforma previdenciária. Para ele, a boa notícia é que o tema se tornou popular. As pessoas, de acordo com Mansueto estão hoje discutindo reforma previdenciária.

Quanto ao atraso da reforma em duas ou três semanas, o secretário disse ser um tempo mínimo dado que a reforma no Brasil está atrasada em pelo menos dez anos. “Atraso de duas ou três semanas é uma coisa mínima”, disse Mansueto, que participa nesta quinta de evento promovido em São Paulo pelo BTG Pactual.

Mansueto diz estar confiante de que a reforma passará independentemente da base do governo porque o Congresso como um todo entendeu a importância da reforma para o ajuste das contas públicas. “Sem a reforma da Previdência não haverá ajuste fiscal”, comentou o secretário.

Ele ponderou, no entanto, que só a reforma da Previdência não será suficiente para fazer o ajuste fiscal. Para ele, o governo terá que adotar outras medidas para fazer o ajuste e cumprir o teto dos gastos.

Entre as várias medidas a serem adotadas, ele citou o controle do quadro dos funcionários públicos, evitar os reajustes salariais no setor público bem com reduzir a distância entre o piso e o teto dos salários pagos pelo governo.

Segundo Mansueto, se o governo fizer as reformas direito, o Brasil poderá voltar a registrar superávit primários até o final do governo Bolsonaro, em 2022.

Reforma tributária

Dada a complexidade do assunto, hoje é difícil prever qual a velocidade para uma aprovação da reforma tributária, disse o secretário do Tesouro Nacional. “Esse é uma reforma tão complexa, ou mais, do que a reforma da Previdência”, comentou.

Mansueto lembrou que no caso da reforma da Previdência existe uma discussão árdua ocorrendo ao longo dos últimos três anos no País e foi dessa maneira que hoje existe consenso sobre esse tema. “Foi um longo período de debate, discussão e convencimento”, afirmou.

Em relação à reforma tributária, lembrou, há hoje três propostas, que ainda terão que ser unificadas. O consenso que existe é que o Brasil possui um péssimo sistema tributário, com elevada carga, comentou.

No entanto, o entendimento é de que neste momento o governo não pode abrir mão de arrecadação. Em um primeiro momento a reforma deverá olhar o ganho de eficiência, tornando o sistema mais simples para no futuro poder reduzir a carga.