O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta terça-feira, 6, ter aprovado um financiamento de R$ 495 milhões para a modernização da infraestrutura logística do Porto de Paranaguá, no Paraná. O projeto, que prevê um investimento total de R$ 647 milhões, será executado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA).

As obras incluirão a implementação de um sistema de recepção e descarga ferroviária de grãos e farelos nos terminais destinados à exportação, com adequação do sistema rodoviário e ferroviário na região leste do porto.

“Atualmente, a matriz logística da APPA sofre com uma participação de aproximadamente 80% do transporte de cargas realizado por caminhões, gerando congestionamentos e poluição na região”, justificou o banco, em nota à imprensa.

De acordo com o banco de fomento, o projeto contribuirá para aumentar a capacidade de recepção ferroviária de granéis e melhorar a circulação viária no porto. As alterações no tráfego reduziriam em cerca de 70% as emissões de gás carbônico na região portuária, calculou o BNDES.

“Os principais impactos esperados com a operação de modernização do Porto de Paranaguá contemplam o aumento da capacidade de recepção ferroviária de granéis de sete para 24 milhões de toneladas anuais; a eliminação da necessidade de locomotivas e vagões realizarem manobras complexas; e a melhoria na circulação viária da região portuária, com a redução de 16 para cinco cruzamentos da linha férrea com as vias urbanas e com a expectativa de diminuição significativa no tráfego de caminhões”, enumerou o banco de fomento.

O projeto liberaria ainda áreas internas nos terminais para possíveis melhorias operacionais, eliminando ramais ferroviários individuais e diminuindo o tempo de permanência de vagões, locomotivas e caminhões para descarga.

O financiamento se enquadra no projeto BNDES Azul, que envolve apoio a iniciativas relacionadas à economia do mar.

O banco tem cerca de R$ 22 bilhões em carteira relacionados à economia azul, sendo R$ 13,6 bilhões para projetos de docagem, embarcações de apoio, estaleiros e navios petroleiros e R$ 7,7 bilhões para projetos de transporte marítimo, portos, terminais e embarcações.

A carteira para o setor de turismo marinho e costeiro soma R$ 296,7 milhões, os projetos de recuperação de manguezais totalizam R$ 47 milhões.