A montadora alemã de automóveis de luxo BMW reduziu nesta terça-feira (10) suas metas de venda anuais devido a um defeito no sistema de freios que a obrigou a realizar recalls e a deixar de entregar cerca de 1,5 milhão de veículos.

Os problemas estão relacionados ao sistema de frenagem integrado (IBS) de um “fornecedor” cujo nome e detalhes técnicos a BMW não revelou.

Segundo a agência Bloomberg, a empresa alemã Continental é a única fornecedora desses sistemas para a montadora, que os instala em seus veículos das marcas BMW, Mini e Rolls Royce.

Como resultado, a BMW espera que as entregas de veículos diminuam “ligeiramente” em 2024 em relação ao ano anterior.

Além disso, a montadora prevê uma margem operacional de entre 6% e 7% neste ano na divisão de automóveis, em comparação com a faixa anterior de 8% a 10%, conforme indicado em um comunicado.

A cotação da BMW caiu cerca de 8% na bolsa após o anúncio.

Trata-se de um novo golpe para a indústria automotiva alemã, logo depois de a Volkswagen anunciar na semana passada que prepara um plano drástico de cortes, com possíveis fechamentos de fábricas e demissões na Alemanha.

A posição das montadoras alemãs está sendo cada vez mais questionada devido ao rápido crescimento do mercado de carros elétricos chineses, que beneficia principalmente as marcas locais.

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