10/09/2024 - 17:06
A montadora alemã de automóveis de luxo BMW reduziu, nesta terça-feira (10), suas metas de venda anuais devido a um defeito no sistema de freios que a obrigou a realizar recalls e a deixar de entregar cerca de 1,5 milhão de veículos.
Os problemas estão relacionados ao sistema de frenagem integrado (IBS).
A fabricante alemã Continental é quem fornece estes sistemas para a BMW, que os instala em seus veículos das marcas BMW, Mini e Rolls Royce.
“Os desempenhos da frenagem não foram comprometidos e os freios podem continuar sendo acionados, mantendo-se muito acima das normas legais”, assinalou a Continental em um comunicado.
O componente “será substituído se for detectada uma deterioração parcial da funcionalidade”, acrescentou o fabricante, que reservou cerca de 50 milhões de euros (R$ 310 milhões, na cotação atual) para remediar os problemas.
Como resultado, a BMW espera que as entregas de veículos diminuam “ligeiramente” em 2024 em relação ao ano anterior.
Além disso, a montadora prevê uma margem operacional de entre 6% e 7% este ano na divisão de automóveis, em comparação com a faixa anterior de 8% a 10%, conforme indicado em um comunicado.
As cotações da BMW e da Continental caíram mais de 10% na bolsa de Frankfurt.
Trata-se de um novo golpe para a indústria automotiva alemã, logo depois de a Volkswagen anunciar na semana passada que prepara um plano drástico de contenção, com possíveis fechamentos de fábricas e demissões na Alemanha.
A posição das montadoras alemãs está sendo cada vez mais questionada devido ao rápido crescimento do mercado de carros elétricos chineses, que beneficia principalmente as marcas locais.
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