03/01/2021 - 14:55
O blogueiro Oswaldo Eustáquio passou por tratamento com ozonioterapia após sofrer uma queda e lesionar a coluna no último dia 21 no presídio da Papuda, no Distrito Federal. Investigado no inquérito dos atos antidemocráticos, Eustáquio foi preso no dia 17 de dezembro do ano passado.
“Após ozonioterapia, Oswaldo mostra melhora e tem sensibilidade das pernas. Hoje, Eustáquio conseguiu iniciar os primeiros movimentos dos dedos do pé direito e recuperar parcialmente a sensibilidade da perna esquerda. Ele teve melhora após a segunda sessão de ozonioterapia”, informou Sandra Terena, mulher do blogueiro, nas redes sociais.
Após Ozonioterapia, @oswaldojor mostra melhora e tem sensibilidade das pernas. Hoje, Eustáquio conseguiu iniciar os primeiros movimentos dos dedos do pé direito e recuperar parcialmente a sensibilidade da perna esquerda. Ele teve melhora após a segunda sessão de ozonioterapia. pic.twitter.com/IAjJcu01by
— Sandra Terena (@sandraterena) December 31, 2020
Esse tipo de tratamento, que não tem reconhecimento científico, já foi alvo de deboches homofóbicos do presidente Jair Bolsonaro desde que o prefeito de Itajaí (SC), Volnei Morastoni (MDB), sugeriu a aplicação retal do ozônio contra Covid-19.
Em novembro, ao comentar sobre uma suposta visita a Itajaí, Bolsonaro insinuou que pessoas estão fingindo estar com Covid para buscar um tratamento de ozônio via retal contra a doença. “O prefeito falou que cura Covid com aplicação de ozônio. Mas não pergunta onde é a aplicação não (risos). Tinha muita gente indo pra lá tomar ozônio ‘estou com Covid’”, disse Bolsonaro ao risos.
Vale destacar que em agosto do ano passado o Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu uma nota em que esclarece que a ozonioterapia não tem reconhecimento científico para o tratamento de casos de Covid-19 e de qualquer outra doença. Ainda conforme o CFM, a aplicação desse tratamento só pode ocorrer em ambiente de estudos científicos.
A nota do CFM ressalta ainda que os médicos que não obedecerem as normas éticas estabelecidas pelo CFM e Conselhos Regionais de Medicina “estão sujeitos à denúncias e averiguação de suas condutas no que se refere à prescrição da ozonioterapia”.
