O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, reuniu-se neste sábado (6) na Turquia com o presidente Recep Tayyip Erdogan para abordar a guerra e a adesão da Suécia à Otan, antes de continuar sua nova viagem pelo Oriente Médio.

O encontro, que durou mais de 75 minutos segundo fontes diplomáticas americanas, ocorreu depois que Blinken se reuniu com seu homólogo turco Hakan Fidan.

Uma fonte diplomática afirmou que este último defendeu “um cessar-fogo imediato” no território palestino.

O Departamento de Estado dos EUA indicou em um comunicado que Blinken e Erdogan discutiram a situação em Gaza e a adesão da Suécia à Otan.

O diplomata sublinhou “a necessidade de evitar que o conflito se alastre, de aumentar a ajuda humanitária, de reduzir as vítimas civis, de trabalhar para uma paz regional duradoura e de avançar para a criação de um Estado palestino”.

Blinken, que iniciou a sua nova viagem pelo Oriente Médio na Turquia, chegará à ilha grega de Creta no sábado à noite, antes de viajar para Jordânia, Israel, Cisjordânia ocupada e outros países da região para evitar uma escalada regional do conflito entre Israel e o movimento palestino Hamas.

A guerra foi desencadeada pelo sangrento ataque de 7 de outubro perpetrado por combatentes do Hamas, que mataram 1.140 pessoas em Israel e sequestraram outras 250, segundo as autoridades, que afirmam que 132 permanecem cativas em Gaza.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva em Gaza que deixa 22.722 mortos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

Segundo o comunicado americano, Antony Blinken também pediu a “finalização (do processo) de adesão da Suécia à Otan”, que ainda precisa do acordo da Turquia e da Hungria.

Em dezembro, a Comissão de Relações Exteriores do Parlamento turco aprovou o protocolo de adesão deste país à aliança militar, mas este deve ser aprovado pela maioria dos deputados para encerrar uma saga de quase 20 meses.

A Turquia censura a Suécia pela sua suposta permissividade com os ativistas curdos que se refugiam no seu território e usa o seu poder de veto para negociar também a aquisição de 40 caças F-16 americanos e equipamento de modernização para as suas aeronaves.

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