O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, retornará à Europa na próxima semana após a primeira viagem de Joe Biden como presidente, para continuar cultivando laços com seus aliados França, Alemanha e Itália e para tratar de questões espinhosas como a Líbia e a luta contra o Estado Islâmico.

O Departamento de Estado anunciou nesta sexta-feira (18) que Blinken conduzirá uma viagem de uma semana pela Europa, que incluirá encontros com a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Emmanuel Macron.

Blinken iniciará sua visita em Berlim para participar de uma conferência internacional sobre a Líbia, que caminha lentamente em direção à estabilidade com eleições marcadas para 24 de dezembro.

Tanto a Alemanha quanto a França tinham relações difíceis com o ex-presidente Donald Trump, que repreendia os europeus por suas políticas de comércio, defesa e imigração, e agora seu sucessor Joe Biden busca curar as feridas.

Blinken tratará de outra questão global importante em Roma durante a conferência da coalizão liderada pelos EUA contra o grupo Estado Islâmico, que se diversificou na África e no Afeganistão depois de ser dizimado na Síria.

Em seguida, participará na cidade italiana de Matera do encontro de chanceleres do Grupo das 20 maiores economias (G20), que oferece a oportunidade de se reunir com seus colegas da Rússia e da China, em momentos de tensão nas relações dos Estados Unidos com ambos os países.

No G20, Blinken “reforçará o compromisso dos Estados Unidos com o multilateralismo e discutirá a cooperação contínua para combater a pandemia de covid-19, a crise climática e um melhor trabalho com nossos parceiros globais, com foco na África”, disse o porta-voz do Departamento de Estado Ned Price.

Biden visitou esta semana Reino Unido, Bélgica e Suíça em sua primeira viagem como presidente à Europa, para participar das cúpulas do G7 e da OTAN, onde buscou fortalecer a união transatlântica para enfrentar os desafios impostos pela China.

Ele também teve uma reunião em Genebra com o presidente russo, Vladimir Putin. O governo dos Estados Unidos disse que está aberto a encontros com a China, que Washington identifica como seu principal rival no cenário mundial.

Blinken se encontrou com autoridades chinesas no Alasca em março.