Os Estados Unidos não pedem a “ninguém” para “escolher” entre Washington e Pequim – afirmou o secretário de Estado americano, Antony Blinken, durante uma visita à Arábia Saudita nesta quinta-feira (8).

A China reforçou suas relações comerciais e diplomáticas com o Oriente Médio, tradicionalmente sob influência dos Estados Unidos, e até mediou a recente reaproximação entre dois grandes adversários da região: Irã e Arábia Saudita.

“Não pedimos a ninguém que escolha entre Estados Unidos e China”, declarou Blinken, durante uma coletiva de imprensa conjunta em Riade com o ministro saudita das Relações Exteriores, Faisal bin Farhan.

“Simplesmente, tentamos demonstrar as vantagens da nossa associação e o projeto positivo que trazemos”, defendeu.

Seu homólogo saudita confirmou que os laços entre seu país e Pequim “provavelmente aumentarão”, mas mantendo “uma colaboração de segurança sólida com os Estados Unidos”.

“Não estou de acordo com esse jogo de soma zero. Todos somos capazes de ter múltiplas parcerias e compromissos, como é o caso dos Estados Unidos”, insistiu Faisal bin Farhan.

As relações entre Estados Unidos e Arábia Saudita têm sido estremecidas por questões como as acusações de violações de direitos humanos contra a monarquia, ou pela recente normalização das relações entre Riade e o regime sírio.

Sobre este último ponto, Faisal bin Farhan insistiu em que a normalização é “o único meio de responder aos desafios humanitários” na Síria e na região.

Sobre a situação dos direitos humanos na Arábia Saudita, Riade está “aberta ao diálogo”, mas contra “qualquer pressão”, delimitou o ministro.

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