O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, expressou, nesta quarta-feira (21), que “discorda” das declarações do presidente Lula, nas quais o mandatário acusou Israel de cometer um “genocídio” na Faixa de Gaza, disse um funcionário do Departamento de Estado.

Blinken e Lula se reuniram por mais de 90 minutos, disse o alto funcionário do Departamento de Estado a jornalistas, afirmando que os dois tiveram uma “conversa franca” durante o encontro no Palácio do Planalto, em Brasília.

O encontro entre Lula e Blinken ocorreu antes de uma reunião de ministros das Relações Exteriores do G20 no Rio de Janeiro.

No domingo, Lula disse que a ofensiva militar de Israel, forte aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio, em Gaza é um “genocídio”, comparando-a com o Holocausto, “quando Hitler resolveu matar os judeus”.

Israel reagiu furiosamente, declarando o presidente brasileiro “persona non grata”.

Blinken “abordou o assunto e deixou claro que discordamos destes comentários”, afirmou o alto funcionário aos jornalistas que viajam com o secretário.