Os rumores da existência de “bolinhas” quentes em sorteios de torneios de futebol tomaram mais corpo nesta segunda-feira, com denúncias do ex-presidente da Fifa Joseph Blatter ao jornal argentino La Nación sobre esta prática comum na Europa.

“Nunca toquei as bolinhas (que contém os nomes das equipes), mas outros o fizeram. É claro que podemos torná-las reconhecíveis, ao aquecê-las ou esfriá-las. Já fui testemunha de sorteios, a nível europeu, em que isso acontecia. Mas nunca na Fifa”, garantiu o suíço de 80 anos.

“As bolinhas são colocadas na geladeira antes. Ao tocá-las, é possível sentir as mais frias”, explicou o cartola, que foi suspenso por quatro anos por conta do pagamento controverso de 1,8 milhão de euros a Michel Platini, também punido pelo mesmo motivo.

No dia 3 de junho, Blatter, que permaneceu 13 anos à frente da Fifa, de 1998 a 2015, foi acusado pela própria entidade de ter dividido 80 milhões de dólares com seus dois principais colaboradores “em um esforço coordenado de enriquecimento pessoal”.

Na entrevista ao jornal argentino, o suíço fez questão de defender a instituição. “A Fifa não é corrupta. Uma organização não pode ser corrupta, apenas homens. A Fifa é 1,6 bilhão de pessoas. Todas não podem ser corruptas. Eles procuram, mas não vão encontrar nada a meu respeito que viole uma lei suíça”, completou.

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