14/11/2017 - 9:41
A Black Friday já virou tradição no Brasil e a cada ano as lojas prometem trazer bons descontos para o consumidor. Segundo dados da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net), só no ano passado o e-commerce movimentou R$ 44,4 bilhões no Brasil. Já a Black Friday gerou R$ 1,9 bilhão. Para a entidade, a expectativa é que esse número cresça esse ano, movimentando receita de até R$ 2,2 bilhões. Esse ano, as vendas começarão à meia-noite, na madrugada de quinta para sexta, 24 de novembro.
Por isso, é importante fazer uma pesquisa sobre a reputação das empresas, verificar se o site apresenta um número grande de reclamações e se há registro como explica Gerson Rolim, diretor de comunicação da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. “As lojas que apresentam selo de qualidade da Black Friday Legal se comprometem a seguir uma linha de conduta, são lojas que tem um telefone de contato, um endereço físico, um CNPJ”, diz. O site Black Friday Legal 2017 reúne as empresas que participam da iniciativa. Atualmente ele está com cadastro aberto para lojas que desejam participar. A partir do dia 22/11 a lista com as lojas será divulgada no site.
Fraudadores usam e-mails falsos para aplicar golpes nesse mês de promoções. É importante checar a veracidade da oferta, procurar o código, descrição e checar no site original da empresa se realmente o produto que foi anunciado por mensagem está à venda. Para Bruno Stroebel, supervisor do Procon-SP, a checagem de preços também deve ser considerada na hora de comprar um produto. O ideal é começar a pesquisar antes da Black Friday. “Se a pessoa já escolheu o que quer comprar, já comece a fazer uma pesquisa antecipada de mercado, entre no site, veja se realmente é uma oferta e se não está sendo vítima de ofertas maquiadas. As lojas podem aumentar valores uma semana antes da Black Friday e no dia oferecer um desconto, sendo que é o valor original do produto. Ou seja, não existe desconto”, ressalta. O Procon-SP mantém uma lista de sites que devem ser evitados.
Outra dica importante é a compra consciente. É fundamental que o consumidor avalie se precisa ou não do produto. Na maioria dos casos, o prazo para devolução sem custo é de sete dias, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor. No caso das compras online, os prazos de entrega costumam ultrapassar uma semana. “O consumidor utiliza a Black Friday para fazer compras de natal, mas muitas vezes esquece que os prazos de entrega serão longos e não poderá fazer a troca. Às vezes o produto não agrada, não chega na data desejada. O melhor é avaliar se ele realmente necessita daquilo”, explica Stroebel. As principais reclamações no ano passado foram páginas expiradas rapidamente, esgotamento do produto em um curto espaço de tempo e cancelamento da compra sem prévio aviso.
O Procon trabalhará em sistema de plantão já na quinta-feira, 23, para evitar propagandas enganosas e descumprimento de ofertas. Caso o consumidor perceba que a empresa fugiu às regras ou realizou maquiagem nos preços deve fazer um print ou tirar foto e denunciar pelas redes sociais do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor.