A estrela pop islandesa Björk descreveu, nesta terça-feira (17), o assédio sexual de que foi vítima por parte de um “diretor dinamarquês”, listando, sem nomear o autor, abraços e carícias contra a sua vontade durante a produção de um filme.
No último domingo, a cantora de 51 anos revelou no Facebook que havia sido assediada sexualmente durante as filmagens por um diretor dinamarquês, sem revelar seu nome ou o filme em questão.
Em uma nova mensagem postada nesta terça no Facebook, Björk narrou que o diretor “colocava seus braços em volta de mim por um longo tempo na frente de toda a equipe ou quando estava sozinho, e me acariciava por minutos contra a minha vontade”.
“Depois de dois meses, quando eu disse que ele parasse de me tocar, ele explodiu e quebrou uma cadeira na frente de todos, como alguém que sempre foi autorizado a acariciar suas atrizes, e então todos nós voltamos para casa”, escreveu ela.
Ela também afirmou que “durante toda a filmagem, sofreu propostas sexuais constrangedoras, paralisantes, sussurradas e inconscientes, descrevendo as cenas” que ele fantasiava.
Björk também relata uma noite em que o assediador tentou entrar em seu quarto pela varanda, com “uma intenção claramente sexual”.
A cantora trabalhou em um único filme, “Dançando no Escuro”, com o diretor dinamarquês Lars von Trier. Por seu papel, venceu o Festival de Cannes em 2000 na categoria Melhor Atriz.
Na segunda-feira, o diretor dinamarquês rejeitou as acusações.
“Não foi este o caso. Mas o fato é que realmente não éramos amigos”, declarou o cineasta ao jornal dinamarquês Jyllands-Posten.
Björk se disse inspirada pelo dilúvio de revelações sobre escândalos sexuais envolvendo o produtor americano Harvey Weinstein.
No domingo, ela ressaltou que quando impediu “que o diretor tentasse alguma coisa, ele fez com que ela parecesse alguém problemática para toda a equipe”.
“Isso corresponde bem aos métodos de Weinstein e de intimidação”, acrescentou.