SÃO PAULO, 14 NOV (ANSA) – Com o objetivo de evitar confusões entre torcedores em estádios de futebol, diversos torneios, como a Copa América 2019, aderiram ao uso da tecnologia de reconhecimento facial.   

A competição foi o primeiro evento esportivo no Brasil a usar esse tipo de sistema, que tinha como objetivo manter vândalos e foragidos da Justiça longe das partidas Na Arena do Grêmio, a tecnologia ajudou a polícia a impedir a entrada de três argentinos que tinham um histórico de mau comportamento em estádios. O reconhecimento facial também deve ser usado na final da Copa Libertadores de 2020, no Maracanã, segundo o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.   

Fora do Brasil, a tecnologia já é usada na Dinamarca. O Brondby, um dos principais clubes do país, foi o primeiro time do mundo a introduzir um sistema de reconhecimento facial em seu estádio. Na Inglaterra, o Manchester City tem um projeto piloto para introduzir o sistema em sua arena. No Egito, a tecnologia marcou presença nos duelos da seleção na Copa Africana de Nações deste ano. Já na Itália, a Udinese estuda implantar a biometria facial na Dacia Arena.   

Em entrevista à ANSA, o CEO da Security Care, Edvaldo Veiga, afirmou que o setor “está aquecido”. “Essa tecnologia é muito importante, pois diminui as fraudes. Em eventos esportivos, por exemplo, ela consegue identificar se existe alguém que não deveria estar ali”, disse.   

De acordo com um relatório elaborado pela Fortune – Business Inside, intitulado “Segurança nos estádios”, o investimento em sistemas de proteção em arenas esportivas totalizou US$ 6,2 milhões em 2017. Em 2025, a previsão é que essa cifra aumente para pouco mais de US$ 16 milhões.   

Jung Park, CEO e fundador da InovaMind, afirmou à ANSA que o reconhecimento facial pode ser usado em diversos setores do estádio. “O uso é bem amplo. Nos estádios, querem utilizar para venda de ingressos e na entrada dos torcedores. As pessoas querem ir a um show ou estádio de futebol e se sentir seguras”, disse.   

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Sua empresa apresentou na feira de segurança Exposec, realizada pela Cipa Fiera Milano em maio passado, em São Paulo, uma solução de inteligência artificial que faz reconhecimento facial e corporal de forma imediata. O tema também deve estar na pauta da próxima edição do evento, marcada para 14 a 16 de abril de 2020.   

Park ainda destacou que o sistema de reconhecimento facial ganhou força por conseguir combater fraudes de forma eficaz. A tecnologia, segundo ele, é capaz de identificar uma pessoa no meio da multidão em “milésimos de segundos”, evitando que torcedores proibidos frequentem eventos esportivos. (ANSA)


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