A americana Billie Jean King, lenda do tênis nos anos 1960 e 1970, pediu nesta quarta-feira que a organização do torneio de Wimbledon retire o veto sobre os jogadores russos e bielorrussos, aplicado no ano passado por conta da invasão da Rússia à Ucrânia.

Os organizadores do Grand Slam, que em 2022 não rendeu pontos para os rankings da ATP e da WTA devido a esta decisão, estão considerando a possibilidade de mantê-la em 2023.

Perguntada sobre assunto no Aberto da Austrália, onde russos e bielorrussos competem sob bandeira neutra, King se mostrou contra a medida.

“Simplesmente façam da mesma forma que os demais fazem”, disse a ex-tenista, para quem os organizadores podem ficar com os prêmios obtidos pelos jogadores destas nacionalidades.

“Basta deixá-los jogar e ficar com o dinheiro”, acrescentou.

Mesmo sob bandeira neutra, os jogadores de Rússia e Belarus estão fazendo um bom torneio na Austrália.

Na chave feminina, as bielorrussas Victoria Azarenka e Aryna Sabalenka estão nas semifinais e podem se encontrar na decisão no sábado.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, Sabalenka afirmou que esta questão a “afetou muito”. “Foi duro e ainda é duro, mas entendo que não é minha culpa, não tenho nenhum controle sobre isso”, disse.

“Se eu pudesse fazer algo, com certeza faria, mas não posso fazer nada. Entender isso me ajuda a me manter forte”, acrescentou”.

Quem também está nas semifinais é a russa naturalizada cazaque Elena Rybakina, campeã de Wimbledon no ano passado, que enfrentará Azarenka.

Apesar desta vitória, Rybakina é a penas 22ª cabeça de chave do torneio, já que ela não ganhou pontos no ranking da WTA com a conquista do Grand Slam britânico.

Já na chave masculina em Melbourne, o russo Karen Khachanov também disputará as semifinais, contra o grego Stefanos Tsitsipas.

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