O secretário de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Paulo Bijos, observou nesta sexta-feira, 22, que as “boas notícias” econômicas, como a revisão de alta do PIB para 2023, agora em 3,2%, não necessariamente refletem uma melhoria significativa do campo fiscal, já que houve um aumento na previsão de deflação do IGP-DI neste ano, o que impacta a arrecadação. “Isso, como já sustentado na última exposição, tem efeitos sobre a arrecadação”, observou Bijos em coletiva de imprensa sobre o relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias de 2023.

O secretário ainda destacou que o governo mantém uma “relativa segurança” com a margem para cumprimento da meta fiscal definida na Lei de Diretrizes Orçamentárias, em R$ 75 bilhões.

Segundo o relatório divulgado nesta sexta pelo Planejamento, a projeção para o total de receitas primárias em 2023 registrou uma variação positiva, passando de R$ 2,366 trilhões para R$ 2,372 trilhões. No entanto, o campo de receitas administradas foi reduzido. Bijos observou que o aumento geral de receitas reflete aumento da cotação média do barril de petróleo. Já o aumento de despesas com INSS refletem o esforço para redução da fila da previdência.