A 24ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), recebeu 684 mil visitantes, de acordo com um comunicado divulgado nesta segunda-feira, 5. Com ingressos mais caros do que em 2014, a Bienal tinha expectativa de receber 700 mil em 2016.

Este ano, a Bienal passa a fazer parte do calendário oficial de eventos de São Paulo, por meio de decreto do prefeito Fernando Haddad, anunciado na cerimônia de abertura. O homenageado deste ano foi o colunista do Estado Ignácio de Loyola Brandão, que completou 80 anos. Foram 13 espaços com mais de mil horas de programação, com a presença de 388 autores nacionais e internacionais.

Por Lugares Incríveis, de Jennifer Niven, foi o livro mais vendido no estande do Grupo Companhia das Letras. Boa Noite, da youtuber Pam Gonçalves, no do Grupo Record. Na Arqueiro, foi Collen Houck e o seu O Coração da Esfinge, e na Sextante, o destaque foi o livro coletivo Muito Amor, Por Favor. Na Zahar, o destaque foi a edição de bolso de Alice no País das Maravilhas. No estande da Rocco, Clarice Lispector e Harry Potter dominaram as vendas.

O editor Evandro Martins Fontes salienta que “a Martins Fontes (WMF e Martins juntas) bateu recorde em vendas”. “Nunca vendemos tantos livros como nesta edição”, explica. Ele acredita que o faturamento vai superar os R$ 500 mil nos 10 dias do próximo evento, em 2018, e diz considerar a aposta só no público infantojuvenil equivocada. “Quando bem expostos, os livros vendem. Em tempos de crise como a que vivemos, não há estimulo maior para um editor de livros.”

Segundo o presidente da Câmara Brasileira do Livro, Luis Antônio Torelli, os objetivos foram cumpridos. “Demos prioridade à melhoria da experiência do visitante, realizando uma Bienal mais confortável, com retirada de senhas online para as sessões de autógrafos, ruas mais largas e aumento das praças de alimentação. Mostramos, novamente, a importância do evento como vitrine para as marcas e os produtos, atingindo diretamente o consumidor final”, destaca o executivo na nota da CBL divulgada nesta segunda, 5.

Para Bruno Zolotar, diretor de Marketing do Grupo Record, a Bienal é o momento em que as editoras podem estreitar o contato direto com o leitor. “Pelo feedback dos nossos clientes, entendemos o que deu certo ou não, em nossa estratégia de marketing. Nesta edição, notamos que o público da Bienal foi mais assertivo na compra de livros. Mesmo em um ano de crise, o saldo foi positivo.”