Joan Cornellà, o quadrinista catalão cujos desenhos – uma mistura louca de cores vibrantes com o humor mais sarcástico do mundo – você já viu na sua timeline, desembarcou em São Paulo e levou centenas de admiradores à Comix Book Shop. Mas os fãs têm mais uma chance de ver o catalão no Brasil: ele é um dos convidados da Bienal de Quadrinhos de Curitiba – antiga Gibicon -, que começa nesta quinta-feira, 8, na capital paranaense, e vai até domingo, 11, com uma extensa programação gratuita. Além de Cornellà, também estão confirmados nesta edição Power Paola (Equador), Troche (Uruguai), e pelo menos 60 brasileiros, entre eles Laerte, Jaguar, Marcello Quintanilha, Rafael Sica e Benício. O evento ocorre no Museu Municipal de Arte (Av. República Argentina, 3.432, Curitiba).

A mudança de nome (a Gibicon realizou três edições em Curitiba, esta é a quarta) partiu do desejo da organização de ampliar o olhar sobre os quadrinhos e encurtar a distância das outras formas de arte.

“O quadrinho é uma arte que se dispõe a falar das coisas que estão aí na boca do povo, na nossa cara”, garante Luciana Falcon, produtora que, ao lado de Fabrizio Andriani, organiza a Bienal desde a primeira edição.

Um dos curadores, o paulistano Rafael Coutinho, diz que a ideia foi manter o diálogo entre quadrinhos independentes e mainstream, mas também expandir os temas. “Queremos ressaltar o caráter do quadrinho como ferramenta do diálogo social”, informa.

Com mais de 60 anos de carreira, o gaúcho José Luiz Benício – cujo traço inconfundível ilustrou centenas de cartazes de cinema nos anos 1970 – também será tema de uma das 13 exposições que estarão montadas no espaço do museu. Honrando sua fama de arredio, Joan Cornellà só participa de sessões de autógrafos.

Outra exposição montada no local traz o trabalho de quadrinistas de Curitiba, “uma das cidades mais importantes do Brasil” quando o assunto é HQ, de acordo com a organizadora Luciana Falcon. “Desde os anos 1970, com a Grafipar, a cidade é berço de muitos quadrinistas, é uma ligação bastante estreita, e isso foi formando público, faz sentido que esse evento seja bem legal por conta disso também”, opina. Coutinho concorda: “A Itiban (loja de quadrinhos e espaço cultural célebre do centro da cidade) e a Gibiteca (instituição pública que existe desde 1982) são um caso à parte, aqui é muito diferente das outras cidades”. A Bienal também conta com uma feira com mais de 150 estandes, mesas com artistas, editores e expositores em geral, além de palestras e debates. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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