VENEZA, 22 MAI (ANSA) – A 17ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza foi aberta ao público neste sábado (22) com um questionamento sobre o futuro como tema. “Como viveremos juntos?” é a pergunta que permeará os meses de evento, programado até o dia 21 de novembro, em um momento que todas as relações foram alteradas por conta da pandemia da Covid-19.   

A “Biennale” homenageia nesta edição a arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, que recebe o prêmio póstumo Leão de Ouro por toda a sua obra, bem como entrega o principal reconhecimento em vida para o espanhol Rafael Moneo.   

Durante a cerimônia de premiação, o arquiteto demonstrou todo o seu amor pela cidade italiana. “Veneza é uma cidade que atrai e fascina os arquitetos. Se apresenta como um exemplo de paradigma sobre como construir fazendo uso da razão, sem por esse motivo, excluir a intuição e o sentimento”, ressaltou Moneo.   

Entre as autoridades presentes no evento, estavam o ministro dos Bens Culturais da Itália, Dario Franceschini, e o presidente da Câmara dos Deputados, Roberto Fico.   

“Hoje é um dia importante, significativo porque é a demonstração de como nós começamos a retomada, de como fazer um evento importante. Do ponto de vista internacional, é um símbolo da retomada do nosso país. Levar a Bienal a tantas pessoas é a demonstração que dá para trabalhar presencialmente e em segurança”, disse Fico durante seu discurso.   

A fala do parlamentar ocorre em um momento em que a Itália conseguiu controlar, novamente, a pandemia de Covid-19 e vem afrouxando gradualmente as regras sanitárias sobre a disseminação da doença. A própria Bienal deveria ter ocorrido em 2020, mas foi adiada em um ano por causa da crise sanitária.   

Conforme dados da organização, 61 nações participam do evento e 79 instituições participarão de sessões de debate. Mais de 5,5 mil ingressos foram vendidos antecipadamente, sendo 25% deles para pessoas de outros países. (ANSA).