14/09/2024 - 17:13
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, usará os últimos meses do mandato para fortalecer a Ucrânia frente à Rússia, anunciou neste sábado (14) o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan.
Biden está “decidido a utilizar esses quatro meses para colocar a Ucrânia na melhor posição possível para vencer”, declarou Sullivan, acrescentando que o presidente americano se encontrará no fim do mês com o homólogo ucraniano, Volodimir Zelensky, durante a Assembleia Geral da ONU em Nova York.
Biden desistiu de disputar as eleições de novembro, e a Ucrânia teme que um retorno de Donald Trump à Casa Branca enfraqueça o apoio dos Estados Unidos, principal aliado na guerra travada há dois anos e meio contra a Rússia.
“O presidente Zelensky disse que, em última análise, essa guerra precisa terminar por meio de negociações e precisamos que [os ucranianos] sejam fortes nessas negociações”, disse Sullivan em uma intervenção por vídeo em uma conferência organizada pela Fundação Victor Pinchuk.
“A Ucrânia tomou medidas ousadas e firmes na guerra. Mas a área ao redor de Pokrovsk é de especial preocupação”, declarou Sullivan, referindo-se a esse centro logístico do qual as forças de Moscou estão a 10 quilômetros de distância.
Apesar da operação lançada por Kiev em 6 de agosto na província fronteiriça russa de Kursk, que pegou Moscou de surpresa, as tropas russas continuam ganhando terreno na província de Donetsk, no leste.
Sullivan disse que Washington presta atenção especial à situação nesta região e busca defender a Ucrânia dos ataques “ferozes” russos contra a infraestrutura energética civil do país.
A Ucrânia tem pedido reiteradamente às potências ocidentais a entrega rápida de ajuda militar e criticado frequentemente os atrasos no envio do armamento.
“Não é uma questão de vontade política. É uma questão de logística difícil e complicada […] para entregar esse material no front”, assegurou Sullivan.
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