O presidente Joe Biden pediu ao Congresso, nesta quinta-feira (15), que atue para proteger os migrantes que chegaram ainda crianças aos Estados Unidos, conhecidos como “sonhadores”. O programa que permitiu que vivessem e trabalhassem no país está completando 11 anos.

Em 2012, o então presidente Barack Obama e Biden, seu vice na época, anunciaram o programa Ação Diferida para Chegadas na Infância (Daca, na sigla em inglês). Desde seu lançamento, foram aprovadas mais de 800 mil solicitações e, no fim de 2022, havia cerca de 580 mil beneficiários ativos, segundo dados oficiais.

Para se qualificar para o Daca, o imigrante deve morar nos Estados Unidos desde 2007 e ter chegado antes de completar 16 anos. Também precisa estar estudando, ter se formado ou ser veterano das Forças Armadas, além de não possuir antecedentes criminais.

“Os sonhadores são americanos. Muitos passaram a maior parte de suas vidas nos Estados Unidos. Eles são nossos médicos, nossos professores e nossos pequenos empresários”, afirmou Biden em um comunicado divulgado pela Casa Branca.

Ao longo de mais de uma década, o programa sobreviveu a numerosos contratempos judiciais, especialmente quando, em 2017, o então presidente republicano Donald Trump tentou encerrá-lo, alegando inconstitucionalidade. Seu futuro ainda é incerto, já que aguarda decisões judiciais.

Biden culpa o Congresso pela situação. “Apenas o Congresso pode fornecer estabilidade permanente e duradoura a esses jovens e suas famílias”, declarou.

O governo democrata “está comprometido em fornecer aos sonhadores as oportunidades e o apoio de que precisam para ter sucesso”, acrescentou o presidente, que em abril anunciou um plano para expandir a cobertura de saúde para os beneficiários do Daca.

O presidente dos Estados Unidos garantiu que continuará “lutando para aprovar leis que protejam os ‘sonhadores’ e criem um caminho para a cidadania”.

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