O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou, nesta quarta-feira (10), que os laços com o Japão são “inquebrantáveis”, ao receber na Casa Branca o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, para uma pomposa visita de Estado que inclui um show de Paul Simon.

Biden estendeu o tapete vermelho para o primeiro-ministro e sua esposa, Yuko, que chegaram a Washington na véspera para cumprir uma agenda centrada no fortalecimento dos laços de defesa diante das ambições da China no Pacífico.

“A relação entre nós é inquebrantável”, disse Biden no início das atividades oficiais nesta quarta-feira.

Está prevista para esta tarde uma coletiva de imprensa na Casa Branca, em um sinal da importância que Washington dá a um Japão com uma posição internacional cada vez mais firme.

À noite haverá um jantar de Estado no grande Salão Leste, decorado com leques e ramos de cerejeira, onde os chefs da Casa Branca servirão um menu inspirado em sabores japoneses que inclui salmão, costela com molho de wasabi e bolo de pistache com sorvete de cereja.

Após o jantar, o célebre compositor americano Paul Simon “interpretará uma seleção de suas emblemáticas canções”, informou a jornalistas o secretário social da Casa Branca, Carlos Elizondo.

O concerto encerrará um dia em que Biden e Kishida estreitarão fortemente seus laços em matéria de defesa.

Espera-se que os líderes entrem em um acordo para a maior modernização das estruturas de comando e controle entre Estados Unidos e Japão em décadas. Isso daria maior agilidade a ambos os exércitos em caso de crise, como por exemplo uma possível invasão chinesa a Taiwan, de acordo com especialistas.

Também poderiam ampliar a cooperação espacial e tecnológica.

Nesta quinta-feira, Biden será o anfitrião da primeira cúpula trilateral entre Japão, Filipinas e Estados Unidos para continuar ampliando as alianças contra a China em uma região crítica com vários episódios de demonstração de força.

Kishida é o primeiro líder japonês a receber todas as honras de um presidente americano desde Shinzo Abe em 2015.

Pacifista há décadas, o Japão tem feito nos últimos anos “algumas das mudanças mais significativas e transcendentes” desde a Segunda Guerra Mundial, disse o embaixador americano no país asiático, Rahm Emanuel, antes da visita.

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