TEL AVIV, 17 NOV (ANSA) – O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, teve uma “conversa calorosa” com o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta terça-feira (17), informou o gabinete israelense.   

Segundo comunicado, o democrata confirmou “seu profundo compromisso com Israel e sua segurança”, enquanto que o premiê enfatizou que “o vínculo especial com os EUA é um componente fundamental para a segurança e a política de Israel”.   

Biden e Netanyahu “estabeleceram que se reunirão em breve e concordaram que é necessário fortalecer a forte aliança entre os dois países”.   

No último dia 8 de novembro, o premiê de Israel já havia parabenizado Biden pela vitória e destacado a parceria entre ambas as nações. O presidente de Israel, Reuven Rivlin, por sua vez, felicitou o democrata nesta terça.   

“Como amigo de longa data de Israel, você sabe que nossa amizade se baseia em valores que vão além da política partidária. Não há dúvida de que, sob sua liderança, os Estados Unidos permanecerão comprometidos com segurança e sucesso de Israel”, afirmou.   

Segundo Rivlin, os “Estados Unidos não têm aliados mais próximos do que Israel, e não há nada mais forte do que a amizade entre os nossos povos, assim como a nossa amizade pessoal”.   

Em sintonia com o atual presidente americano, Donald Trump, por quatro anos, Netanyahu, porém, poderá ser desafiado pela nova política do democrata, que prevê mudanças na relação com o Irã e os palestinos.   

Hoje, inclusive, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) decidiu retomar as relações com Israel, incluindo as relações de segurança, que foram interrompidas em maio passado.   

O anúncio foi feito pelo ministro dos Assuntos Civis, Hussein Al-Sheikh, citado pela agência Wafa, e foi motivado na sequência “dos contatos internacionais feitos pelo presidente Mahmoud Abbas sobre o compromisso de Israel com os acordos assinados”.   

No entanto, de acordo com a imprensa local, a decisão de Abu Mazen está ligada à vitória de Biden nas eleições americanas. As relações entre Israel e Palestina haviam sido interrompidas devido à intenção, então congelada, do governo de Netanyahu de anexar partes da Cisjordânia. (ANSA)