O presidente americano, Joe Biden, disse, neste sábado, 13, que as forças americanas ajudaram a derrubar “quase todos” os drones e mísseis disparados pelo Irã contra Israel, e reafirmou seu compromisso “ferrenho” com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Biden anunciou, em uma declaração, que convocaria os líderes do G7 – grupo dos países mais ricos do planeta – para coordenar uma “resposta diplomática única” ao “descarado” ataque iraniano.

“O Irã, e seus associados operando no Iêmen, na Síria e no Iraque, lançaram um ataque aéreo sem precedentes contra instalações militares em Israel. Eu condeno estes ataques nos termos mais fortes possíveis”, declarou Biden.

Nos últimos dias, o presidente determinou o envio de aeronaves militares e destróieres de defesa contra mísseis balísticos ao Oriente Médio quando a provável ameaça iraniana a seu aliado-chave na região se tornou clara.

“Graças a estas mobilizações e à capacidade extraordinária dos nossos militares, ajudamos Israel a derrubar quase todos os drones e mísseis disparados”, acrescentou Biden.

O presidente americano acrescentou ter conversado com Netanyahu para “reafirmar o compromisso inabalável dos Estados Unidos” com a segurança de Israel.

“Eu disse a ele que Israel demonstrou uma capacidade notável de se defender e derrotar até mesmo ataques sem precedentes, enviando uma mensagem clara a seus inimigos de que eles não podem ameaçar eficazmente a segurança de Israel”, disse.

Nenhuma instalação militar ou forças americanas foram atacadas pelo Irã, acrescentou.

Ataque sem precedentes

O Irã lançou um ataque com mais de 200 drones e mísseis contra Israel em resposta ao bombardeio que atingiu seu consulado em Damasco, no primeiro ataque direto da República Islâmica contra o território israelense.

O Exército israelense garantiu que o Irã lançou mais de 200 drones e mísseis contra Israel, mas que a maioria foi interceptada sem consequências graves. Uma base militar foi atingida no sul de Israel, mas sofreu apenas “danos menores”, segundo um porta-voz militar.

Paralelamente, o Hezbollah libanês e os rebeldes huthis do Iêmen, ambos aliados do Irã, realizaram seus próprios ataques contra Israel. O primeiro bombardeou duas vezes as Colinas de Golã, ocupadas por Israel, e os últimos lançaram drones em direção ao território israelense.

A Guarda Revolucionária, exército ideológico da República Islâmica, anunciou também ter lançado mísseis contra Israel como parte desta operação em retaliação ao bombardeio a seu consulado em Damasco em 1º de abril, no qual morreram dois de seus generais e que foi atribuído a Israel.

O ataque iraniano foi lançado “em resposta aos numerosos crimes cometidos pelo regime sionista, incluindo o ataque à seção consular da embaixada da República Islâmica do Irã em Damasco e o martírio de um grupo de comandantes e assessores militares de nosso país na Síria”, indicou a televisão estatal iraniana, citando o departamento de relações públicas da Guarda.

O ataque semeou o pânico nas ruas de Israel, que está há mais de seis meses em guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza.