07/02/2022 - 18:28
WASHINGTON, 7 FEV (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assegurou nesta segunda-feira (7) que existe uma “frente unida” entre seu governo e a Alemanha na luta contra “a agressão russa” em meio à crise na Ucrânia.
A declaração foi dada pelo democrata após a primeira reunião com o chanceler alemão, Olaf Scholz, na Casa Branca.
“A Alemanha é um dos aliados mais próximos dos Estados Unidos.
Estamos trabalhando como uma frente unida para dissuadir a Rússia de uma agressão na Europa”, disse Biden.
O presidente americano acrescentou ainda que trabalha com o governo alemão “para enfrentar os desafios apresentados pela China e promover a estabilidade nos Balcãs Ocidentais”, bem como na resposta à pandemia e à crise climática.
“Se a Rússia invadir ainda mais a Ucrânia, estamos prontos, toda a Otan está pronta” para reagir e haverá consequências rápidas e severas”, enfatizou Biden na coletiva de imprensa conjunta.
O democrata informou também que, se as tropas russas entrarem no território ucraniano “não haverá mais um Nord Stream 2”.
“Prometo que o gasoduto vai fechar”, reiterou.
Por sua vez, Scholz, que assumiu o cargo em dezembro, sucedendo Angela Merkel, concordou que Washington é um dos “aliados mais próximos” de Berlim e ressaltou que serão tomadas “todas as medidas necessárias, juntamente com nossos aliados e parceiros”.
“Não podemos ficar calados sobre a crise ucraniana, o fortalecimento militar russo na fronteira é uma ameaça à segurança europeia”, explicou o chanceler alemão, acrescentando que os dois líderes prepararam “uma reação” em caso de invasão.
Mais cedo, Scholz já havia dito que a Alemanha está trabalhando em estreita colaboração com os Estados Unidos e seus aliados para finalizar seus planos de sanções, mas disse que os esforços para resolver a disputa diplomaticamente também estão começando a ressoar.
A tensão aumentou no mês passado após a Rússia mobilizar mais de 100 mil soldados na fronteira com a Ucrânia, o que levou governos ocidentais a temerem uma invasão. Moscou, porém, já repetiu em várias ocasiões que não quer uma guerra com Kiev, enquanto Washington alerta que o ataque ao país pode ser feito “a qualquer momento”. (ANSA)