O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, agradeceu, nesta quinta-feira (23), às autoridades e forças de segurança mexicanas a detenção de “Nini”, suposto traficante de fentanil, uma droga sintética que está causando estragos em seu país.

“Quero agradecer a [o presidente mexicano Andrés Manuel] López Obrador, ao Exército mexicano e às forças especiais a prisão de ‘El Nini’, e saudar os corajosos homens e mulheres das forças de segurança mexicanas que realizaram esta operação”, afirmou o mandatário americano em nota.

Néstor Isidro Pérez Salas, conhecido como “El Nini”, é próximo dos filhos do traficante Joaquín “El Chapo” Guzmán, que cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos. Sua detenção ocorreu em Culiacán, no noroeste do país.

“Durante três anos, foi um dos criminosos mais procurados por México e Estados Unidos”, disse Biden, que acrescentou: “Nossos dois países estão mais seguros agora que ele está atrás das grades.”

O democrata de 81 anos, que prometeu lutar contra o tráfico de fentanil, lembrou a detenção, este ano, de outro líder do mesmo grupo de traficantes, chamado “Los Chapitos”, Ovidio Guzmán López.

O nome “Chapitos” faz referência aos filhos de “El Chapo” Guzmán.

O procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, comentou, em um comunicado em separado, que seu país estava buscando a rápida extradição de Pérez Salas e que tinha falado com seu colega mexicano, Alejandro Gertz Manero, para agradecer-lhe.

Garland disse que os Estados Unidos acreditam que Pérez Salas era um dos principais pistoleiros do cartel e chefiava as operações de segurança dos “Chapitos”.

“Alegamos que ele e suas forças de segurança assassinaram, torturaram e sequestraram rivais, testemunhas e pessoas que se opunham aos ‘Chapitos'”, disse Garland.

Em uma reunião realizada em 17 de novembro em San Francisco, Biden e o líder mexicano se comprometeram a cooperar mais estreitamente contra o tráfico de drogas e, em particular, contra o fentanil.

Este poderoso opiáceo sintético é responsável por dezenas de milhares de mortes a cada ano nos Estados Unidos.

Elaborada a partir de produtos procedentes frequentemente da China, a droga é, segundo Washington, introduzida nos Estados Unidos pelos cartéis mexicanos, em particular pelo de Sinaloa.

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