A deputada federal Bia Kicis (PSL) e o deputado estadual Douglas Garcia (PTB) participaram na tarde deste domingo, dia 1º de novembro, de ato a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro, contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e contra a eventual obrigatoriedade da vacina CoronaVac, imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan e que aguarda análise de registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os manifestantes se referiram à substância como “vachina” e levaram cartazes a favor da reeleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O protesto ocorreu na Avenida Paulista, em frente ao Museu de arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Embora a Polícia Militar não tenha divulgado estimativa do número de participantes, o grupo que compareceu foi numeroso o suficiente para ocupar ambos os sentidos da via.

De acordo com Edson Salomão, candidato a vereador pelo PRTB e presidente do Movimento Conservador, grupo que participou do ato deste domingo, a organização do protesto ficou por conta de Garcia e não tinha qualquer conotação eleitoral.

Ainda de acordo com Salomão, a coordenação do ato não levantou palavras de ordem a favor de candidatos específicos à Prefeitura de São Paulo.

Apesar disso, vídeo postado por Garcia no Facebook mostra lideranças que estavam no caminhão de som puxando palavras de ordem contra a reeleição do prefeito tucano, Bruno Covas, aliado de Doria.

Bia Kicis e Garcia são aliados de Bolsonaro, oponente político do governador paulista e fiador da candidatura do deputado federal Celso Russomanno, que disputa a Prefeitura paulistana pelo Republicanos.

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Procurada pelo jornal O Estado de S. Paulo para comentar o ato, a equipe do parlamentar divulgou nota segundo a qual o protesto comprova “o acerto de nossa campanha”. “São manifestações assim que comprovam o acerto de nossa campanha que, após quatro pesquisas, mantém Russomanno firme na disputa pelo segundo turno. O ‘Agora é nossa vez’ (slogan do candidato) está dando o seu recado”, diz o texto.

No último dia 21, Bolsonaro afirmou, em entrevista à Rádio Jovem Pan, que não comprará a Coronavac mesmo se ela receber registro da Anvisa.

O imunizante está na última etapa de testes clínicos no Brasil. Naquele mesmo dia, ele havia desautorizado o ministro Eduardo Pazuello e vetado a compra de 46 milhões de doses do produto pelo Ministério da Saúde.

De acordo com pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo, dois terços dos paulistanos discordam do veto do presidente da República.


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