Jeff Bezos, fundador da Amazon e proprietário do jornal The Washington Post, alertou na quinta-feira que os ataques do presidente Donald Trump contra a imprensa são “perigosos”.

Durante uma sessão de perguntas e respostas em um jantar organizado pelo “Economic Club” de Washington, Bezos declarou que os ataques de Trump ameaçam abalar as proteções e normas de convivência social que são fundamentais à democracia.

“É perigoso demonizar a mídia. É perigoso chamar de escória a mídia. É perigoso dizer que são os inimigos do povo”.

“Vivemos em uma sociedade na qual não são apenas as leis que nos protegem… são também as normas sociais que nos protegem. Funciona porque acreditamos nas palavras naquele pedaço de papel”, completou.

Bezos disse que Trump e outras figuras públicas deveriam saber que serão objeto do escrutínio público e da imprensa, o que ele considera “saudável”.

Estes parecem ser os primeiros comentários públicos de Bezos – alvo frequente de ataques do presidente – a respeito de Trump.

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“Eu defendo o Post. Não sinto a necessidade de defender a Amazon”.

Neste sentido, afirmou que não está preocupado com uma potencial investigação sobre a empresa, que se tornou uma importante força econômica. “Todas as grandes instituições de qualquer tipo serão e deveriam ser examinadas”.

Ele repetiu a frase de Martin Baron, editor do Post, ao afirmar que “a administração pode estar em guerra conosco, mas nós não estamos em guerra com a administração”.

Ao mesmo tempo, o homem mais rico do mundo afirmou que não está preocupado com o futuro da imprensa.

“Nós somos muito robustos neste país. A mídia vai ficar bem”, afirmou durante a conversa com o presidente do “Economic Club”, David Rubenstein.


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