A cantora e estrela do samba Beth Carvalho morreu nesta terça-feira aos 72 anos no Rio de Janeiro devido a uma “infecção generalizada”, confirmaram o hospital e sua assessoria.
“Nossa querida Beth Carvalho partiu hoje as 17h33, cercada do amor de seus familiares e amigos. Agradecemos todas as manifestações de carinho e solidariedade nesse momento”, afirmou seu agente Afonso Carvalho em um texto enviado à AFP.
O Hospital Pro-Cardíaco, onde estava internada desde janeiro, informou que Elizabeth Santos Leal de Carvalho morreu de “infecção generalizada”.
Há anos, Beth Carvalho se deslocava em cadeira de rodas devido a uma fissura na base da coluna que a obrigava a manter repouso absoluto.
Mesmo nessa condição, ela continuou fazendo shows, alegrando o público com sucessos como “Coisinha do Pai” e “Vou Festejar”, e militando politicamente a favor de causas sociais e figuras da esquerda, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2018, Beth Carvalho fez um show inteiro cantando encostada em um sofá-cama.
“Beth deixa um legado inestimável para a música popular brasileira e sempre será lembrada por sua luta pela cultura e pelo povo brasileiro”, acrescentou seu assessor.
“Um dos mais importantes nomes do samba e voz que cantava com alma as cores de nosso pavilhão”, escreveu no Instagram a tradicional escola de samba Mangueira, da qual Beth Carvalho era madrinha.
Em 50 anos de carreira, ela gravou mais de 30 discos e recebeu muitos prêmios, entre eles dois Grammy Latinos: um em 2009 pelo conjunto de sua carreira (“Lifetime Achievement Awards”, en 2009) e outro em 2012 pelo álbum “Nosso Samba Tá na Rua”, que marcou seu retorno aos palcos após um ano e meio de repouso.