O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, distribui nota dizendo que o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), ao apresentar seu voto, acabou confirmando a tese defendida na comissão pelo ministro da Advocacia Geral da União, José Eduardo Cardozo, “que deixou cristalina a verdade: não há crime de responsabilidade para justificar o impeachment”. O ministro Berzoini foi o primeiro a se pronunciar sobre o relatório. O ministro da AGU deverá se manifestar também.

Neste momento, a presidente Dilma Rousseff está no Palácio da Alvorada reunida com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros da Chefia de Gabinete, Jaques Wagner, e Berzoini. Um dos temas do encontro é próprio relatório da comissão.

Na nota, Berzoini diz que, “na ânsia de demonstrar no relatório algo que fundamente a conclusão de seu voto, o relator confirma a brilhante defesa do ministro da AGU, José Eduardo Cardozo, que deixou cristalina a verdade: não há crime de responsabilidade para justificar o impeachment”. Berzoini diz ainda que “confia que a maioria dos deputados fará Justiça”.

Apesar de defender a admissibilidade do impeachment, o governo viu dados “muitos positivos” no relatório de Jovair, como o que Berzoini destacou na nota. Apesar de saber que é “muito difícil”, o Planalto estava otimista em relação à última contabilidade feita em relação aos deputados da comissão especial, achando que pode até conseguir reverter este clima negativo por margem apertada de três a cinco votos. Mas o que está importando mesmo para o governo é a votação em plenário e, nesta, a confiança é ainda muito maior. A contabilidade é de que teriam hoje uns 30 votos favoráveis ao governo.

Em seu parecer favorável ao impeachment, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) afirmou que havia “indícios mínimos” de que a presidente “praticou atos que podem ser enquadrados em crimes de responsabilidade”.

A longa peça foi lida em reunião da comissão desta quarta-feira. Na próxima segunda, o relatório deve ser votado pelos demais integrantes do colegiado. Independentemente do resultado, a decisão sobre o afastamento de Dilma será levada para o plenário, onde votam os 513 deputados.

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