Maior campeã da Liga Mundial, com nove títulos nas 26 edições do torneio, mas sem vencer desde 2010, a seleção brasileira masculina de vôlei estreia quinta-feira na disputa de 2016, contra o Irã, pensando na Olimpíada. “A Liga é o grande evento-teste. É claro que é uma competição importante em si mesmo, mas a preocupação maior é crescer, jogar bem, se sentir confiante para que a gente possa chegar em agosto no nosso melhor momento. Estamos talvez na metade da preparação e vamos continuar treinando forte”, disse o técnico Bernardinho após o treino desta quinta na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico, palco da rodada que vai até sábado.

O Brasil fará mais dois jogos no Rio pela Liga: contra a Argentina, sexta, às 14h10, e os Estados Unidos, às 23h10 de sábado. O torneio para o Brasil continuará com rodada na Sérvia, de 23 a 25 de junho, e na França, de 1 a 3 de julho.

A etapa final da Liga será disputada na Polônia, de 13 a 17 de julho. Vinte e um dias depois, em 7 de agosto, a seleção estreará na Olimpíada, contra o México. Os jogos da Olimpíada serão em outro palco, o ginásio do Maracanãzinho, na zona norte.

A Liga servirá para Bernardinho definir o time que disputará os Jogos. Na competição que começa agora são permitidos 16 atletas, mas na Olimpíada só 12 poderão ser inscritos. Já estão definidos os dois levantadores (Bruninho e William) e os dois opostos (Wallace Souza e Evandro). Até a Olimpíada serão cortados um dos dois líberos (provavelmente Tiago Brendle, ficando Serginho), um dos quatro ponteiros (Murilo, Lucarelli, Lipe, Douglas ou Maurício Borges) e dois dos cinco centrais (Lucão, Isac, Sidão, Éder ou Maurício Souza). A disputa entre os centrais é a mais acirrada.

“Essa é a decisão mais dura, pela quantidade de excelentes jogadores. É sempre duro a gente tirar alguém de uma Olimpíada”, disse Bernardinho, sem dar dicas de quem corre maior risco de sair. Isac preocupava porque se afastou para combater uma hérnia de disco e chegou a perder 7 kg, mas voltou a treinar há uma semana e está se recuperando bem, diz o técnico, que não estipulou prazo para os cortes: “Esse é o grupo de trabalho por mais um tempinho.”

Adversário na estreia, o Irã disputou o Pré-Olímpico de 28 de maio a 5 de junho. Foi vice-campeão (havia oito seleções) e se classificou pela primeira vez para uma Olimpíada. “Quem acompanha sabe da qualidade do time do Irã. Será um bom teste, contra uma equipe que vem com ritmo bem melhor que o nosso, por ter jogado uma competição decisiva para eles, porque decidiram a vaga olímpica ali”, disse o técnico brasileiro. Outro teste que ele considera importante na Liga será contra os Estados Unidos, um dos cinco adversários do Brasil na fase classificatória da Rio-2016 (além de Canadá, Itália, França e México).