Meses após assumir o posto de treinador da seleção francesa masculina de vôlei, Bernardinho pediu demissão do cargo. Ao jornal francês L’Équipe, o comandante falou pela primeira vez sobre sua saída e afirmou  que deixou a equipe para se dedicar aos cuidados da filha.

“Desde meu divórcio, a situação tem sido um pouco difícil com minhas duas filhas. A mais nova [de 12 anos] sofreu com a separação. Psicologicamente, ela estava mal. Discutimos, mas percebi que não podia deixá-la sozinha”, contou Bernardo, em entrevista ao L’Équipe.

Para o treinador, essa foi a decisão mais difícil da sua vida. “A decisão foi a mais difícil da minha vida. Não é fácil abandonar um projeto tão bonito, tão especial. Estavam à vista os Jogos Olímpicos de Paris, com um grande grupo de jogadores”, lamentou.

Ídolo do esporte nacional, Bernardinho, ex-treinador da seleção brasileira masculina de vôlei, é detentor de dois ouros olímpicos (2004 e 2016), duas pratas (2008 e 2012) e três títulos mundiais (2002, 2006 e 2010), além de oito Ligas Mundiais. Com a seleção feminina, o técnico conquistou dois bronzes olímpicos (1996 e 2000).