Berlim pode receber reunião de líderes sobre Ucrânia em 15/12

BERLIM, 11 DEZ (ANSA) – O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, disse nesta quinta-feira (11) que a capital Berlim deve receber uma cúpula de líderes em 15 de dezembro para discutir um plano de paz para a Ucrânia, porém a presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda é incerta.   

“É possível que tenhamos uma reunião aqui em Berlim na segunda-feira [15]”, declarou o chefe de governo alemão em uma coletiva de imprensa conjunta na cidade com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte.   

A declaração chega um dia após uma videoconferência entre Merz, Trump, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o premiê do Reino Unido, Keir Starmer, sobre a Ucrânia.   

“Se o presidente [Trump] vai participar ou não, dependerá muito dos documentos nos quais estamos trabalhando, mas estou bastante confiante de que vamos conseguir. Tive a clara impressão de que o presidente quer percorrer esse caminho conosco e sabe que os interesses dos europeus devem ser ouvidos”, acrescentou o chanceler.   

Ainda segundo Merz, a Europa enviou aos EUA uma “proposta sobre possíveis concessões territoriais” da Ucrânia, um dos principais entraves nas negociações com a Rússia, que reivindica todo o Donbass, incluindo áreas ainda não conquistadas.   

“Também deixamos claro que a resposta sobre as concessões cabe ao presidente e ao povo ucranianos. Há uma proposta de concessões territoriais que a Ucrânia poderia fazer, da qual Trump ainda não tinha conhecimento no momento da nossa conversa telefônica de ontem, porque ainda não havia sido enviada aos americanos. Fizemos isso depois”, disse.   

A Europa vem se mobilizando para tentar tornar o plano de paz de Trump menos indigesto para Kiev e assegurar que a Rússia não realize novas agressões no futuro, porém Moscou minimizou a importância do continente nas negociações.   

“A Europa está tentando de todos os modos se sentar à mesa de tratativas, mas as ideias que ela cultiva não serão úteis”, declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov. (ANSA).