Em sua oitava aparição no Mundial de Clubes, o Al Ahly volta ao caminho dos brasileiros na competição. O maior campeão africano superou o Al-Ittihad, por 3 a 1, e vai encarar o Fluminense na semifinal, segunda-feira, às 15 horas, novamente no estádio King Abdullah Sports City, em Jedah. A vaga dos egípcios veio com aula de contragolpe na etapa final diante dos representantes da Arábia Saudita, que viram Benzema desperdiçar um pênalti no primeiro tempo e deixar sua marca somente nos acréscimos.

Os egípcios quase aprontaram para cima do Flamengo na edição passada do Mundial, na disputa pelo terceiro lugar, em Abu Dabi. Depois de saírem atrás do placar, viraram para 2 a 1 e conseguiram segurar a vantagem até os 32 minutos da segunda etapa. No fim, acabaram cansando e caindo por 4 a 2. Agora, tentarão buscar a inédita decisão em duelo com o Fluminense de Fernando Diniz.

Depois de abrir a competição com vitória expressiva, o Al-Ittihad chegou motivado para desbancar o bom Al Ahly, do Egito. O técnico Marcelo Galhardo manteve o setor ofensivo com os brasileiros Igor Coronado e Romarinho ao lado do francês Benzema e com Fabinho e Kanté com liberdade para encostar na frente. Mas optou por trocar o goleiro, deixando Marcelo Grohe no banco – teria sentido um desconforto.

A partida começou bastante equilibrada e um lançamento longo acabou sendo decisivo para o primeiro gol. Aos 19 minutos, após longa avaliação no VAR, a arbitragem marcou pênalti para o Al Ahly cometido por Kadesh, que esticou o braço para tentar segurar o atacante egípcio e acabou tocando na bola.

O anúncio foi feito para todos no estádio ouvirem. Dois minutos depois, o veterano Ali Maalaoul assumiu a cobrança e fez 1 a 0 para os egípcios. O representante africano ainda tentou anotar um gol do meio em jogada com o campo todo vazio pela frente.

Atrás do marcador, o Al-Ittihad se perdeu em campo. A bola não chegava no isolado Benzema e a defesa sofria, perdendo bolas fáceis e com o Al Ahly chegando sempre com perigo. Galhardo pedia campo na beira do campo. Em sua primeira chance, o camisa 9 do time da casa recebeu livre, mas bateu fraco, nas mãos do goleiro.

Com todo o time na área na reta final da etapa, foi a vez do Al-Ittihad reclamar de um pênalti também por toque de mão na bola, de Abdel Monem. O venezuelano Jesus Valenzuela foi chamado ao VAR para avaliar o lance e seguiu o critério para também anotar – na sequência do lance, quase os egípcios ampliaram em rápido contragolpe.

Benzema pegou a bola para a cobrança do pênalti, aos 45 minutos. Com laser da torcida adversária no rosto, o francês bateu forte, mas parou no goleiro El-Shenawy, que acertou o canto e foi bastante abraçado pelos companheiros em campo. Kadesh ainda teve outra chance antes do intervalo.

Galhardo tentou ajustar a defesa no intervalo tirando o lateral Hawsawi. Com menos de um minuto, acabou perdendo o outro ala, Alshanqiti, machucado. Sumido na primeira etapa, Romarinho começou a se movimentar mais e pedir bola. Foi travado na hora certa em lance que podia terminar com o empate.

O domínio do Al Ahly da primeira etapa já não existia no começo da fase final. Na base da garra, o Al-Ittihad equilibrou as ações e carimbou a trave antes dos 10 minutos. Os árabes se empolgaram, contudo, e acabaram dando espaço que acabaram sendo fatais. Em contra-ataques, foram surpreendidos com belo gol de El Shahat, em batida colocada, e de Ashour após troca de bola na área.

Mesmo com a equipe bastante modificada, já mirando as semifinais, o Al Ahly ainda teve chances de ampliar, sempre nos contragolpes. O goleiro Al Muaiouf ainda salvou em batida rasteira de Fouad. Antes de celebrar a vaga, o time egípcio ainda lamentou a expulsão de Modeste, que ficou somente cinco minutos em campo, e viu Benzema anotar o gol de honra em rebote, já nos acréscimos.