Um dos filmes mais esperados do ano finalmente estreia nos cinemas: “Duna”, de Dennis Villeneuve, é inspirado no best-seller de ficção científica de Frank Herbert e foi adiado por mais de um ano em decorrência da pandemia. A espera foi recompensada: com boas atuações e efeitos especiais surpreendentes, a produção é uma das favoritas ao Oscar 2022. Não é a primeira vez que “Duna” ganha adaptação às telas. Em 1975, o chileno Alejandro Jodorowsky tentou pôr de pé uma produção ambiciosa, estrelada por Orson Welles, Salvador Dalí e Mick Jagger – com trilha sonora do Pink Floyd e cenários de Moebius e HR Giger. O projeto nunca saiu do papel. Em 1984, David Lynch lançou sua versão, mas o roteiro confuso e cheio de buracos tornou o filme um fracasso. Dennis Villeneuve, pelo contrário, foi bem sucedido: dividiu a trama em duas partes e a transformou numa metáfora atual, com líderes autoritários e nativos oprimidos. Além do visual magnífico, o elenco de peso contribuiu bastante – Timothée Chalamet, Zendaya, Rebecca Ferguson, Oscar Isaac, Josh Brolin e Jason Momoa. O enredo conta a jornada de um herói, o nobre Paul Arteides, em um planeta distante. Lá, ele se alia a rebeldes para vingar a morte do pai e liderar a revolução contra o imperador. A parte 2 do filme já foi confirmada, mas ainda não tem data para estrear.

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O futuro de Dennis Villeneuve

O diretor de “Duna”, o canadense Dennis Villeneuve, é conhecido por sua visão distópica do futuro, como é possível ver nos filmes “A Chegada” e “Blade Runner 2049”. Para ele, a ficção científica não é um estilo esperançoso e asséptico, mas enferrujado e decadente. Villeneuve chegou a esse universo de “Duna” com o auxílio de Paul Lambert, mago dos efeitos especiais que venceu o Oscar por “O Primeiro Homem”. Na visão da dupla, a trama ambientada em 10191 tornou-se uma tragédia shakesperiana encenada em meio a um cenário desértico e opressor – e repleto de criaturas assustadoras.