Você é daquelas pessoas que nunca imaginou exercitar a musculatura pélvica? Pois saiba que essa prática é super importante para evitar questões como a incontinência urinária, segundo Juliana Satake e Renata Luri, fisioterapeutas e convidadas do nono episódio do Podcast Bem-Estar com Paola Machado

Em exercícios como o chamado ‘Kegel’ o objetivo é aumentar e melhorar a função da região pélvica e a circulação sanguínea. Nesse movimento, a consciência corporal, coordenação motora e o ganho de força devem ser sempre acompanhados pelo alongamento da musculatura perineal. Ensinam as fisioterapeutas.  

“Cada mulher deve ser avaliada de maneira individual para que os exercícios sejam mesmo eficazes e que não prejudiquem sua saúde íntima. Os exercícios colaboram para aumentar o desempenho sexual e para evitar a incontinência urinária, por exemplo.” coloca Renata Luri, em entrevista para a IstoÉ Bem-Estar

No caso das gestantes, os exercícios são amplamente utilizados para fortalecer os músculos. Isso ocorre porque, na gravidez, por conta da sobrecarga, pelo aumento de peso e pelas mudanças posturais naturais que acontecem na mulher, há uma atenção maior para que não aconteçam disfunções comuns que podem afetar o corpo, como a perda de urina quando se tosse, por exemplo. 

“Entre as principais indicações de um trabalho pélvico, estão sinais e sintomas como: incontinência de esforço, incontinência de urgência, prolapso (queda) genital e disfunções sexuais.” afirma ela.

“Existem também dispositivos que contribuem para o fortalecimento, como os cones vaginais, que são pequenas cápsulas com peso e formato anatômico, que, quando são inseridos na vagina, aumentam a conscientização da musculatura e fortalecem o assoalho pélvico. Nesses dispositivos, há diferentes cargas inseridas de acordo com a força pélvica da mulher. O mais legal é que ela pode utilizar o cone associando aos exercícios enquanto realiza tarefas do dia a dia, com o objetivo de coordenar a musculatura durante atividades simples como arrumar a casa, caminhar e pegar um peso.” completou Renata. 

Um estudo feito no Campus de Educação Física da Universidade Federal de Uberlândia, com gestantes de 18 a 40 anos, comprovou que as que receberam alongamento perineal assistido por instrumentos com aplicação repetida curta, possuíram um maior aumento na extensibilidade dos músculos do assoalho pélvico (MAP) do que o alongamento perineal assistido por instrumentos de maneira isolada. 

Renata Luri é formada em Fisioterapia, mestre e doutora em Ciências da Saúde (foco em envelhecimento em mulheres) pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Sócia da Clínica La Posture e colunista da editoria. CREFITO-3:139673 -F.

Juliana Satake é fisioterapeuta pela UNIFESP. Especialista em Saúde da Mulher pela Unicamp. Sócia da Clínica La Posture. Atua há mais de 10 anos em atendimentos de Obstetrícia e Uroginecologia. CREFITO3: 186570-F.

Veja o vídeo: 

Veja mais do episódio: Podcast Bem-Estar #9 – Renata Luri e Juliana Satake falam sobre a idealização da maternidade – ISTOÉ Bem-estar (istoe.com.br)

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Colaboração: Dra. Renata Luri, fisioterapeuta, convidada deste episódio e colunista da editoria.