“Tudo menos botox!” Essa frase tem sido cada vez mais ouvida nos consultórios e nas conversas de corredor. Mas o que será que está acontecendo?  Por que esse pavor em relação à toxina? Válido todo esse medo, vamos desmistificar algumas coisas e entender os reais benefícios dela, e para quem continuar não gostando da idéia, o que seria possível fazer evitando os injetáveis e manter o rosto em ordem?

A toxina botulínica (o botox) tem uma variedade de aplicações que vão desde o relaxamento muscular, “paralisando” a musculatura e melhorando o aspecto das rugas faciais, até tratamento de rosácea, dermatite seborreica e excesso de transpiração, além de muitas outras aplicações fora da dermatologia. Pela sua quantidade enorme de estudos, tornou-se um medicamento seguro, desde que aplicado por mãos experientes, comprado direto dos fabricantes e seus representantes oficiais, e não em sites de busca, além de ser manipulado e armazenado da forma correta. 

Quando partimos para o ponto de que isso tudo está de acordo, vamos para a parte do bom senso do aplicador, e aí é que eu acho que foi de onde originou-se essa frase. Passamos a ver caras iguais, expressões totalmente diferentes de suas mímicas originais, e tudo o que é injetável hoje em dia, passa a apavorar o paciente na hora da consulta, por medo da famosa “demonização facial”, favorecendo a aceitação pelas tecnologias e os “nãos” aos injetáveis.

A questão que fica é: podemos ter um aspecto de envelhecimento legal, bonito, sem botox?

Minha resposta é sim, mas meu gosto particular é não! Eu particularmente amo o resultado da toxina e não vivo sem, mas tenho pacientes que vivem muito bem sem e são lindas, e suas mímicas faciais, suas expressões fazem parte de quem elas são, mas elas cuidam para que suas expressões intensas não virem marcas profundas. Como isso é possível?

Algumas coisas que eu adoro fazer nesses casos é tratar muito a pele com hidratação, intensa e multivitaminas. Injetáveis?  Sim! Mas nada que preencha ou altere suas expressões, apenas melhore a qualidade da pele, seu viço, seu turgor e sua distensibilidade. Depois posiciono fios de colágeno sobre as áreas de rugas para que a pele do local se torne menos propensa a “fraturas”, e por fim, trato pelo menos uma vez ao ano com lasers de estímulo de colágeno e manchas. Dessa maneira, temos uma pele com viço, com brilho, densa, hidratada, com dinâmica e com expressões, mas com aspecto de saúde, com as manchas sob controle, com poros e oleosidade controladas e com efeito lifting na medida certa.

Lembrando que quando falamos de pele bonita, falamos de uma alimentação rica em proteínas e um intestino saudável. Mas, esse é um assunto para outro dia, certo? 

*O conteúdo dessa matéria tem caráter informativo e não substitui a avaliação de Profissionais da Saúde.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do IstoÉ.