A Bélgica apreendeu quase 62 toneladas de cocaína em 2019 no porto da Antuérpia, principalmente oriunda de Brasil, Colômbia e Equador, um novo recorde para o segundo porto de frete na Europa, anunciou o governo belga nesta quarta-feira.

A droga, escondida em vários tipos de mercadorias, vem quase 60% de três países da América do Sul: Brasil (15,9 toneladas), Equador (10,5) e Colômbia (10,5), de acordo com uma declaração do Ministério das Finanças.

Embora as apreensões tenham aumentado progressivamente nos últimos anos (61,8 toneladas em 2019 em comparação com 50,1 em 2018 e 8,1 em 2014), os controles aduaneiros são realizados apenas em uma parte muito pequena dos contêineres que chegam à Antuérpia, segundo porto europeu depois de Roterdã.

A alfândega belga atualmente pode controlar apenas “um a dois por cento” dos milhões de contêineres que chegam ao porto flamengo, reconheceu sua administradora Kristian Vanderwaeren, citada pela rede VRT.

Mas a implantação contínua de novas tecnologias deve permitir, no futuro, examinar um número maior de mercadorias importadas.

Isso inclui o uso de inteligência artificial e dispositivos chamados “nariz eletrônico” para substituir os cães farejadores, acrescentou o Ministério das Finanças da Bélgica.

A cocaína da América Latina geralmente é escondida em remessas de frutas tropicais.

Com seus 160 quilômetros de docas, o porto de Antuérpia registrou um tráfego total de cerca de 235 milhões de toneladas de mercadorias em 2018, de acordo com os dados mais recentes disponíveis, contra 214 milhões em 2016.