As autoridades belgas reduziram nesta segunda-feira (22) seu alerta terrorista a um nível correspondente ao de ameaça “pouco provável” em todo o país pela primeira vez desde janeiro de 2015, embora a vigilância de certos locais vá ser reforçada.

“É importante avançar agora para uma cultura de segurança de longo prazo que se centre tanto na segurança quanto na prevenção da problemática radicalização”, informou Paul van Tigchelt, diretor do organismo encarregado de avaliar as ameaças, OCAM.

Van Tigchelt justificou a decisão adotada durante uma reunião do Conselho de Segurança Nacional no enfraquecimento do grupo extremista Estado Islâmico (EI) e no fato de que “há três meses não tem havido atentados reivindicados em solo europeu”.

A Bélgica elevou seu nível de alerta de 2 a 3 em meados de janeiro de 2015, um dia depois do desmantelamento da célula extremista de Verviers (leste) e uma semana depois dos atentados em Paris contra o semanário satírico Charlie Hebdo.

O alerta se manteve neste estado correspondente a uma ameaça “verossímil”, exceto em duas ocasiões, que passou ao nível 4 de ameaça “séria e iminente”: a primeira durante uma semana, após os atentados de novembro de 2015 em Paris, que deixaram 130 mortos.

Os atentados de Bruxelas, em 22 de março de 2016 (32 mortos), realizados pela mesma célula que atacou a capital francesa quatro meses antes, fizeram o nível de alerta voltar para 4 durante três dias.

Apesar de reduzir o nível de alerta, os militares, que viraram parte da paisagem nas ruas de muitas cidades europeias, continuarão vigiando locais considerados sensíveis, como usinas nucleares ou sinagogas, segundo veículos de comunicação.