A alfândega da Bélgica anunciou nesta quarta-feira (17) a apreensão de 35,8 toneladas de cocaína, durante os seis primeiros meses de 2022, no porto da Antuérpia, no noroeste do país, um nível similar ao de 2020 e longe do recorde do ano passado.

Em todo o ano de 2021, as autoridades belgas confiscaram 89,5 toneladas de cocaína na Antuérpia, primeira via de entrada dessa droga no mercado europeu. Trata-se de uma alta de 36% com relação ao ano anterior. Essa quantidade, que dobrou em cinco anos, tem um valor estimado em 12,76 bilhões de euros.

As apreensões recordes de 2021 se explicam pela vasta operação lançada após a interceptação de conversas no Sky ECC, sistema de telefonia muito utilizado no tráfico de cocaína entre a América Latina e a Europa. Foi iniciada uma série de investigações na Bélgica, com mais de 550 prisões.

Ao mesmo tempo, um acordo de colaboração com a Organização Mundial das Aduanas (OMA) e com países parceiros da América Latina permitiu interceptar no primeiro semestre 28 toneladas de cocaína com destino à Bélgica nos portos de origem, explicou nesta quarta-feira o Ministério das Finanças belga em um comunicado.

Panamá, Equador, Paraguai, Colômbia e Brasil se mantiveram como os cinco maiores países de origem da droga apreendida, e a Bélgica segue sendo o principal ponto de entrada da cocaína na Europa, seguida por Espanha e Holanda.

No primeiro semestre de 2022, a alfândega belga na Antuérpia também interceptou 2,2 toneladas de haxixe e 1,27 tonelada de heroína, de acordo com as autoridades.