Belarus libertou, nesta quinta-feira (11), 52 prisioneiros políticos, entre eles o opositor Mikola Statkevich, após esforços de mediação dos Estados Unidos, informaram autoridades, veículos da imprensa e uma ONG.
“52 prisioneiros cruzaram a fronteira lituana com segurança vindos de Belarus, deixando para trás os arames farpados, as janelas com grades e o medo constante”, escreveu na rede social X o presidente lituano, Gitanas Nauseda.
Segundo a agência estatal Belta, há 14 estrangeiros: seis lituanos, dois letões, dois poloneses, dois alemães, um francês e um britânico.
Em uma conferência de imprensa, Nauseda acrescentou que há “figuras da oposição, jornalistas e participantes de manifestações”.
“Estou profundamente grato aos Estados Unidos e, pessoalmente, ao presidente Donald Trump por seus contínuos esforços a favor da libertação dos presos políticos”, disse o líder lituano.
Segundo a ONG Viasna, que registra perseguições políticas em Belarus, Mikola Statkevich, histórico opositor ao presidente Alexander Lukashenko, está entre libertados.
Ele havia sido preso várias vezes desde 1999 até ser detido em maio de 2020 e condenado a 14 anos de prisão. Durante dois anos e meio, permaneceu em regime de isolamento e seus familiares não receberam notícias dele.
No entanto, o meio de comunicação opositor bielorrusso Nacha Niva afirmou que, por enquanto, Statkevich teria recusado – com outros ativistas – deixar Belarus e estaria na zona fronteiriça com a Lituânia.
Também foram libertados a lituana Elena Ramanauskiene, presa em 2024 por espionagem, e Igor Lossik, jornalista da Radio Free Europe/Radio Liberty, detido por cinco anos sob acusações que denuncia como de natureza política.
Essas libertações ocorrem após a visita a Belarus nesta quinta-feira, do representante americano John Coale, enviado especial adjunto de Trump. Coale anunciou à televisão local que Washington estava suspendendo as sanções à companhia aérea do país.
“Os Estados Unidos celebram a contínua libertação de prisioneiros políticos em Belarus após a intervenção do presidente Trump”, declarou um funcionário do governo americano sob anonimato.
“Os Estados Unidos continuarão trabalhando para libertar os quase 1.300 prisioneiros políticos ainda detidos em Belarus”, afirmou.
Belarus libertou vários presos políticos nos últimos anos. Em junho, 14 foram soltos, entre eles Serguei Tikhanovski, marido de Svetlana Tikhanovskaya, a líder da oposição bielorrussa no exílio.
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