Um estudo realizado no Texas, Estados Unidos, detectou vestígios do coronavírus na placenta. Segundo a pesquisa publicada no The Pediatric Infectious Disease Journal, em 10 de julho, os indícios “sugerem fortemente” que um bebê que testou positivo para Covid-19 contraiu a doença ainda no útero, e não durante ou após o nascimento.

Para os pesquisadores do Centro Médico do Sudoeste da Universidade do Texas, em Dallas, essa é a “evidência mais forte até agora” de que é possível uma transmissão intrauterina da doença. De acordo com o Daily Mail, o bebê nasceu prematuro, às 34 semanas de gestação, de parto normal. As identidades da menina e da mãe não foram divulgadas.

A bebê nasceu bem, mas foi levada para a Unidade de Terapia Intensiva por causa do quadro de coronavírus da mãe. No dia seguinte, seu estado de saúde piorou e a criança começou a ter dificuldades para respirar e febre. Ela não chegou a precisar de ventilação mecânica.

Desde o começo da pandemia, a hipótese de transmissão vertical é levantada. Com as novas descobertas, os cientistas dizem que a hipótese não pode ser descartada.

“Nosso estudo é o primeiro a documentar a transmissão intrauterina da infecção durante a gravidez, com base em evidências imuno-histoquímicas e ultraestruturais da infecção por SARS-CoV-2 nas células fetais da placenta”, afirmou ao Daily Mail a Dra. Amanda Evans, uma das autoras do estudo.