O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou que a instituição está monitorando os riscos de uma segunda onda de casos de coronavírus na região. “Dados de alta frequência apontam para a perda de força da recuperação econômica”, afirmou, durante evento virtual organizado pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF).

O dirigente argumentou que um dos principais legados da pandemia será o alto nível de endividamento de empresas e governos. Para ele, a política fiscal é a linha de frente da resposta a esta crise, mas a monetária pode fornecer importantes contribuições, sobretudo na área da estabilidade financeiro. Guindos revelou que, em sua revisão de estratégica, o BCE vai focar na definição do que é considerado estabilidade de preços.

O economista espanhol comentou ainda que, embora não estabeleça uma meta para a taxa de câmbio, a autoridade monetária acompanha de perto o comportamento do euro, por conta do efeito da divisa na inflação e no crescimento econômico.

Em linha com declarações da presidente do BCE, Christine Lagarde, hoje cedo, Guindos acrescentou que o BC da zona do euro está estudando a uma possível emissão de moeda digital, que, segundo ele, não substituiria a divisa física.


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