A inflação na zona do euro deve ganhar impulso no restante de 2021, em resposta a gargalos na cadeia de suprimentos e à recuperação da demanda interna, segundo previu a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, durante discurso no Parlamento Europeu nesta segunda-feira. Ela ressaltou, porém, que o movimento nos preços será temporário, e a inflação permanecerá reprimida.

Lagarde ainda disse que a forte alta inflacionária nos Estados Unidos deve ter um impacto apenas “moderado” para os países da União Europeia (UE).

Este movimento pode ser amplificado, no entanto, caso a população do bloco “molde suas expectativas de inflação com base na evolução nos EUA”, alertou a dirigente, que ainda disse que “não há razões” para crer que a alta dos salários na zona do euro pressionará os índices de preços de forma sustentada.

As perspectivas de crescimento para a região são positivas, de acordo com Lagarde, à medida que a pandemia de covid-19 arrefece na Europa. Ela projeta que a atividade tem avançado no segundo trimestre, puxada pelo setor de serviços, e deve manter a mesma tendência no restante do ano.

Quanto aos riscos para a economia, Lagarde os considera como “amplamente equilibrados”, apesar da disseminação de variantes do coronavírus, que seguem como “um risco” à zona do euro.

Euro digital

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Lagarde disse que o BCE discutirá sobre um potencial euro digital no dia 14 de julho. Ela ressaltou que a moeda digital do BC europeu pode ampliar o acesso de dinheiro emitido pela entidade, à medida que cédulas têm seu uso reduzido.

A sua adoção, no entanto, deve ser feita de forma a não comprometer a estabilidade financeira da zona do euro, garantiu a dirigente.


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