Presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde alertou que o período em que durarão as atuais pressões inflacionárias vindas de gargalos na cadeia global de suprimentos e altos preços do setor de energia ainda é motivo de incerteza, mas argumentou que a entidade monetária não deve “reagir exageradamente” a esses impulsos e usar sua política monetária para tentar freá-los.

Durante evento organizado pela Iniciativa Econômica da Região Metropolitana de Frankfurt nesta terça-feira, Lagarde afirmou que os instrumentos do BCE não são eficientes para lidar com os problemas na oferta que provocam as leituras de alta inflação recentes na zona do euro.

A banqueira central, no entanto, disse que o BCE ficará atento aos desenvolvimentos nos salários para “assegurar” que as expectativas inflacionárias no bloco monetário fiquem dentro da meta de 2% ao ano do BC comum.

Segundo ela, a zona do euro ainda está em recuperação da pandemia de covid-19, à medida que a região tenta sair da crise sanitária “de forma segura”.

Lagarde disse ver positivamente o futuro econômico do bloco, argumentando que a Europa está melhor posicionada que o restante do mundo para enfrentar desafios futuros que têm tornado a economia global “menos previsível”.

Entre eles, ela destacou as mudanças climáticas, cujos impactos deverão se tornar mais comuns em breve, de acordo com Lagarde.

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Neste sentido, a dirigente elogiou o fundo de investimentos para o período de 2021 a 2027 nomeado Next Generation EU, que destinará cerca de 40% de seus recursos a investimentos verdes e 20% para a digitalização da economia europeia.


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