08/03/2023 - 16:01
MILÃO, 8 MAR (ANSA) – A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, afirmou nesta quarta-feira (8) que o órgão fará de tudo para lutar contra a inflação, que afeta duramente os países da região por conta das questões energéticas e da guerra na Ucrânia.
“Como presidente, eu tenho uma missão de importância crítica e essa é a estabilidade dos preços, que significa combater a inflação gerada pela crise energética alimentada pela terrível guerra na Ucrânia. Sei que as primeiras vítimas da inflação são as pessoas menos privilegiadas, as mais vulneráveis, as mulheres. Faremos tudo que é possível”, disse Lagarde em um evento pelo Dia da Mulher.
Durante sua fala, a líder do BCE pontuou ainda que é preciso “expandir” algumas conquistas já alcançadas pelas mulheres e evitar “novas desigualdades” ao aumentar a presença feminina nos cargos de liderança.
Segundo Lagarde, “infelizmente, ainda há muito para fazer antes que a liderança feminina torne-se assim proeminente como deveria ser”. A representante ainda lembrou de uma pesquisa divulgada nesta semana pelas Nações Unidas dizendo que, desde 1945, “apenas 12% das posições de liderança nas maiores instituições multilaterais foram ocupadas por elas”.
“Quando olho ao redor da mesa das governanças do BCE, somos duas mulheres em 26 pessoas e isso não é suficiente. Podemos fazer melhor e as instituições seriam beneficiadas”, disse.
Lembrando de quando assumiu o Fundo Monetário Internacional (FMI), Lagarde afirmou que “olhou bem a foto” de sua posse com “filas de homens”. “Nos acordos de Bretton Wood, que criaram o Fundo Monetário, não havia nenhuma mulher entre os representantes dos 45 países”, pontuou ainda. (ANSA).