O Banco Central Europeu (BCE) concluiu que a inflação seguia muito fraca na zona do euro, durante sua reunião de janeiro. Os dirigentes da instituição, com isso, consideraram “prematuro” alterar o mix de políticas atualmente em vigor. Ao mesmo tempo, afirmaram que poderiam ser revistas as comunicações sobre seu programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) ainda no início deste ano, como parte da reavaliação regular nas próximas reuniões de política monetária. Não foi especificado um momento para essa revisão.

As informações constam da ata da última reunião de política monetária do BCE, publicada nesta quinta-feira. O documento mostra que alguns dirigentes demonstraram na reunião sua preferência por um ajuste no viés de relaxamento da política monetária. Foi considerado, porém, que essa ajuste seria prematuro e não era justificado pela confiança mais forte. Também foi lembrado que, embora as compras líquidas de bônus venham a ser encerradas, a postura da política monetária continua a ser “altamente acomodatícia”.

Atualmente, o programa QE do BCE está em 30 bilhões de euros ao mês e continuará a vigorar pelo menos até setembro. A ata sinaliza, porém, que os dirigentes podem sinalizar ainda no início deste ano que o programa de compra de bônus de 2,5 trilhões de euros (US$ 3,1 trilhões) pode ser gradualmente reduzido, conforme a economia da região melhora.

A ata aponta que a expansão econômica na zona do euro ainda não se traduziu em maior inflação subjacente. Os preços não mostram ainda “sinais convincentes de uma tendência sustentável para cima”, diz o documento. Porém a redução da ociosidade e o impulso cíclico na economia dão ao conselho mais confiança de que a inflação caminhará para a meta do BCE, de quase 2%.